sábado, 27 de agosto de 2011


CONSELHO DE CLASSE: REFLEXÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA



Rosania Soares Carminati

RESUMO


O eixo reflexivo deste artigo é o Conselho de Classe enquanto espaço legitimador de discussão e avaliação do aproveitamento dos alunos e da turma como um todo. O Conselho Participativo estimula o diálogo, fortalece o senso crítico, pois ajuda os alunos e professores a verem a realidade na qual estão inseridos pela visão do outro e modificar o processo pedagógico. O objetivo principal do artigo bibliográfico aqui apresentado é repensar a estrutura do Conselho de Classe como espaço diagnóstico da prática educativa. O estudo foi realizado para dar mais sentido ao processo de avaliação que a escola desenvolve vendo o aluno como um todo, além das notas ou conceitos. Todo o estudo foi conduzido aprofundando e refletindo conceitos lidos sobre Conselho de Classe e observações feitas durante a realização dos Conselhos na escola na tentativa de ajudar a construir uma nova visão ao processo de avaliação da prática educativa.


Palavras-chave: Avaliação. Diálogo. Prática Educativa. Espaço Diagnóstico. 


1 INTRODUÇÃO

 
Como se realiza o Conselho de Classe nas escolas sempre me chamou atenção e me provocou muitas reflexões. Pensar um Conselho de Classe como reflexão pedagógica em que professor e aluno se situem conscientemente no processo que juntos desenvolvem e não apenas como um espaço burocrático de entregar notas dos alunos à coordenação.
O Conselho verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão coerentes com o referencial de trabalho pedagógico da escola. Sob esse ponto de vista, ele é uma forma de avaliação, de controle da realização da proposta pedagógica. (PERRENOUD, 1998).
O conselho de Classe cumprirá sua função se realmente ajudar professores e alunos a reorientar sua ação pedagógica para a próxima etapa do trabalho na escola e não apenas para classificar os alunos.
O trabalho aqui apresentado buscará refletir sobre o Conselho de Classe como espaço de avaliação do trabalho individual e coletivo da equipe de professores e da coordenação pedagógica sobre seu próprio trabalho. Pensar também na participação do aluno representante durante a primeira etapa do Conselho de Classe como sujeito principal do processo educativo. A intenção é proporcionar um espaço de reflexão sobre o trabalho que está sendo realizado e possibilitar a tomada de decisão para um novo fazer pedagógico, favorecendo mudanças para estratégias mais adequadas à aprendizagem de cada turma ou aluno.
Na busca da solução de algumas observações feitas durante a participação dos Conselhos de Classe na escola aumentou o interesse pelo aprofundamento teórico sobre o tema citado acima para conhecer a origem do Conselho de Classe e entender o porquê de tanta resistência de alguns professores em querer o modelo de Conselho que aí está. A pesquisa feita esclareceu alguns pontos e fortaleceu outros, como a participação de alunos no pré-conselho e a maneira que se faz a avaliação sobre uma parte e não sobre todo o processo de ensino, pois nos Conselhos não se analisam as práticas dos professores, mas tão somente as do aluno.
Muito ainda precisa ser fundamentado e discutido para que o professor entenda que o conselho deve refletir a ação pedagógico-educativa e não apenas focar as notas, conceitos ou problemas de determinados alunos.


2 O QUE É CONSELHO DE CLASSE?


Embora o Conselho de Classe tenha surgido na França (ROCHA, 1984) e sua implantação no Brasil, inicialmente tenha sido voluntária e depois determinada por portarias e deliberações a fim de avaliar o resultado do aluno de forma coletiva, ainda hoje esse Conselho, embora teoricamente deva servir a este propósito, o que se observa é outra perspectiva.
Os Conselhos de Classe, em muitas escolas, tem-se constituído em espaço legitimador da exclusão dos alunos das classes populares da escola. Rocha (1984) conceitua o conselho de classe como uma reunião dos professores da turma com múltiplos objetivos, entre outros destacamos: avaliar o aproveitamento dos alunos e da turma como um todo; chegar a um conhecimento mais profundo do aluno e promover a integração dos professores e de outros elementos da equipe da escola.
Porém, as escolas reduziram o Conselho de Classe a uma reunião em que apresentam as notas/conceitos que os alunos obtiveram durante o período e se discutem as questões de disciplina das turmas. As reuniões do Conselho de Classe devem ser entendidas como fonte de informações, como acréscimo de conhecimentos que auxiliarão o educador na compreensão do processo de aprendizagem.
Cruz (1995) vai um pouco mais além. Aproxima o conceito de Conselho ao conceito de avaliação. Assim, o Conselho de Classe é o momento de uma avaliação diagnóstica da ação pedagógico-educativa feito pelos professores e alunos em momentos distintos, às vezes à luz do Marco Operativo da Escola. (CRUZ, 1995, p. 117).
O conceito apresentado por Cruz traduz dois momentos importantes. O primeiro é que o Conselho de Classe é um momento de avaliar diagnosticamente o trabalho coletivo a partir de um referencial e em determinado tempo. O segundo é que ele deve subsidiar as ações e o Projeto Político Pedagógico, onde no marco operativo estão descritos os objetivos que se pretende alcançar. Portanto, é uma reflexão conjunta da ação pedagógica na vida da escola.
Democraticamente orientado, o Conselho de Classe pode reforçar e valorizar as experiências praticadas pelos professores, incentivar a ousadia para mudar e ser instrumento de transformação da cultura escolar sobre avaliação. É o momento, o espaço de avaliação diagnóstica da ação educativa da escola, feita pelos professores e pelos alunos, à luz do Projeto Político Pedagógico.
Libâneo (2004, p.303) também define Conselho de Classe como um órgão colegiado composto pelos professores da classe, por representantes dos alunos e em alguns casos, dos pais. É a instância que permite acompanhamento dos alunos, visando a um conhecimento mais minucioso da turma e de cada um e análise do desempenho do professor com base nos resultados alcançados. Tem a responsabilidade de formular propostas referentes à ação educativa, facilitar e ampliar as relações mútuas entre os professores, pais e alunos, e incentivar projetos de investigação.
Libâneo (2004), como os demais autores aqui citados conceituam o Conselho atentando para a responsabilidade que este órgão colegiado tem de formular propostas com base educativa que garantam uma relação cordial entre professores, alunos e pais.
“À medida que se concebe a avaliação como um compromisso de futuro, o olhar para trás deixa de ser explicativo ou comprobatório e transforma-se em ponto de partida para a ação pedagógica.” (HOFFMANN, 2002).
O Conselho de Classe é uma reunião avaliativa em que as pessoas envolvidas no processo ensino aprendizagem discutem acerca da aprendizagem dos alunos, o desempenho dos docentes, os resultados das estratégias de ensino empregadas, a adequação da organização curricular e outros aspectos referentes a esse processo, a fim de avaliá-lo coletivamente, mediante diversos pontos de vistas.
É uma oportunidade de reunir professores com o objetivo de refletir sobre a aprendizagem dos alunos e o processo de ensino.


3 QUE ESPAÇO É ESSE?


Os alunos são considerados como tendo alcançado êxito ou fracasso na escola porque são avaliados em função de exigências manifestadas pelos professores ou outros avaliadores, que seguem os programas e outras diretrizes determinadas pelo programa educativo. (PERRENOUD, 1999).
O espaço que deveria ser o mais rico de transformação da prática pedagógica e, talvez, dos mais mal aproveitados nas escolas é o conselho de classe. Transformando-se apenas em julgamento dos alunos, sem direito à defesa e em espaço de críticas improdutivas sobre a prática pedagógica. O conselho de classe deveria ser uma etapa do processo de avaliação, podemos dizer que o Conselho de Classe é a avaliação que a escola pratica no dia a dia. O Conselho de Classe tem obrigação de ver o aluno como um todo, muito além das notas/conceitos.
O diálogo deve ser entendido como algo que faz parte da própria natureza histórica dos seres humanos. É parte de nosso progresso histórico, do caminho para nos tornarmos humanos. O diálogo é o momento em que os humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal como fazem e refazem. (SHOR; FREIRE, 1986).
O que não se encontra na maioria dos Conselhos é o diálogo, falar sobre o aluno, as análises feitas são superficiais. Os professores têm centrado suas atenções quase que apenas na constatação dos problemas disciplinares. Ainda é pequena a discussão sobre por que os estudantes não aprendem, onde se situam as dificuldades, que causas individuais e/ ou coletivas provocam as dificuldades de aprendizagem. Raramente nos Conselhos de Classe se discutem situações em que as causas estão no tipo de conteúdo, na metodologia, nos processos de avaliação, nas relações entre professor-aluno.
Repensar o conselho de classe é dar sentido e coerência ao processo de avaliação que a escola desenvolve e ajudar a mudar-lhe a prática educativa. A maioria das escolas reduziu o conselho de classe a uma reunião em que se apresentam as notas ou conceitos que os alunos atingiram durante o período e também se discutem as questões de disciplina das turmas.
Há certas crenças e valores no cotidiano de nossas práticas de que não abrimos mão. Não as questionamos nem em reuniões pedagógicas, nem sequer em conselhos de escola. Lembro-me de uma dessas reuniões de conselho de escola, discutíamos se dois alunos, bons alunos, estudiosos, deveriam ser reprovados porque estavam fracos em uma matéria, mas muito bons no resto. Terminamos concordando, passariam. A reunião ia ser encerrada e me atrevi a perguntar, e os outros? Que repitam, foi a resposta unânime. Tentei defender que todos passassem, ponderei com teorias pedagógicas, psicológicas, humanitárias, apelando aos direitos da infância e da adolescência... (ARROYO, 2009).
É interessante observar como professores com uma visão mais ampla de avaliação começam a questionar, nos Conselhos, as práticas de avaliação da escola. Pedindo muitas vezes para deixar o conceito em aberto para que ele possa avaliar o aluno melhor no bimestre seguinte partindo do pressuposto de que o aluno não é um sujeito pronto, acabado e que se constrói a todo o momento e isso pode ser positivo, pois pode sinalizar que o professor está em processo de construção de um juízo e não quer se precipitar na avaliação.


4 O CONSELHO DE CLASSE COM A PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS


Para Sant’Ana (1995) o Conselho de Classe é a atividade que reúne um grupo de professores da mesma série, visando em conjunto chegar a um conhecimento mais sistemático da turma, bem como acompanhar e avaliar o aluno individualmente, através de reuniões periódicas.
A avaliação escolar e o Conselho de Classe são elementos para que ocorram mudanças na luta pela democratização do espaço escolar. A escola precisa estar comprometida com os reais interesses da população, ou seja, que promova seu reconhecimento, valorização e conhecimento mútuo, o compromisso com a aprendizagem, respeito as diferenças individuais.
Penin (1992) escreve que o Conselho Participativo é um momento de diálogo e avaliação de todos os atores responsáveis pela formação do aluno, logo a escola pode e deve mudar as formas e condições do serviço prestado, conforme as necessidades dos alunos.
A ideia do Conselho Participativo não tem aceitação pacífica por parte dos professores, porque de fato vai possibilitar aos alunos maior participação no processo pedagógico. O que, em outras palavras, partilha o poder de decisão que durante toda a história da educação tem sido fonte de poder dos professores.
A polarização e criativa entre dois sujeitos que promovem e se confrontam se constroem e se destroem, se atraem e se repelem, este é o espaço educativo, político no âmago. Por isso, educação autêntica só pode ser educação política. (DEMO, 1988).
Penso o Conselho Participativo como o espaço de liberdade, de debate, de diálogo construtivo. É uma prática em que os alunos têm vez e aos poucos se soltam, crescem em visão política das práticas da escola e em seus comentários sobre a atuação dos professores. Para se falar bem, é preciso falar. Assim também para se saber criticar de forma correta e adequada é preciso que se possa criticar. É esse o espaço do Conselho de Classe.
5 QUESTÕES PRÁTICAS QUE PODEM SER CONSIDERADAS NUM CONSELHO DE CLASSE


Na tentativa de construir uma nova proposta ao processo de avaliação da prática educativa que se desenvolve no Conselho de Classe, foram elaboradas algumas questões que podem ajudar os professores, coordenadores e direção da escola no processo de avaliação da escola como um todo:
1-     Auto-avaliação dos profissionais da escola sobre seu trabalho pedagógico durante o bimestre ou trimestre;
2-     Análise diagnóstica das turmas;
3-     Proposta de ação individual e coletiva;
4-     Análise dos casos relevantes;
5-     Participação de um aluno escolhido pelo grupo no pré-conselho para debater os processos metodológicos, as relações entre alunos e professores. Sem a discussão de notas, conceitos, relatórios, mas o trabalho que se desenvolve em sala de aula.
As questões devem ser introduzidas na medida em que se vai tendo maior segurança e clareza. Ler atentamente a reação dos professores com cada etapa acima será de grande ajuda para a introdução de outras etapas. Cada questão deve ser bem observada e muita segurança para ser executada, só assim poderá avançar para outra questão e, sobretudo, firmeza na direção em que se processam as mudanças. 
Cruz (2005, p. 19) escreve que quem espera ter clareza total e segurança máxima para mudar, não quer mudar. Em educação não há estrada asfaltada. O caminho se faz caminhando e quem vai à frente se arranha e se espeta. Ou, se preferir ir pela água, estará nadando contra a corrente... 

 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Esta pesquisa surgiu de uma preocupação com o Conselho de Classe, da necessidade de pensar o Conselho como reflexão pedagógica e não apenas disciplinar.  Através do aprofundamento teórico percebesse que o Conselho de Classe é um espaço de avaliação do trabalho individual e coletivo de todos que estão envolvidos no processo ensino aprendizagem.
Toda leitura feita foi de grande importância para aproximar a teoria da prática e melhor compreender a razão de ser do Conselho de Classe, dando a partir daí maior sentido e coerência ao processo de avaliação.
Para que comece a modificar a visão de Conselho de Classe praticado até os dias atuais é preciso dedicar-se e aprofundar algumas questões que ajudarão professor, coordenadores e direção da escola a promover ações concretas que possam interferir na prática educativa.
Toda pesquisa se voltou para o trabalho de entender o Conselho como uma etapa dinamizadora do processo educativo. Como nos diz Cruz (2005, p.15) em sua frase: “Avaliação realizada de forma participativa, como construção conjunta, cumpre a função de ajudar na formação da subjetividade e criticidade do professor e do aluno.”


7 REFERÊNCIAS


ARROYO, MIGUEL. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000.

CRUZ, Carlos H. C. Conselho de Classe e Participação. Revista de Educação AEC. Brasília, D.F.: AEC do Brasil, nº. 94, jan./mar 1995, p. 117.

______. Conselho de Classe: Espaço de diagnóstico da prática educativa escolar. São Paulo, S.P.: Edições Loyola, 2005.

DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. São Paulo: Cortez, 1988.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: As setas do caminho. 4.ed. Porto Alegre: Mediação, 2002.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. José Carlos Libâneo. 5.ed. Revista ampliada. Goiânia: Alternativa, 2004.  

PENIN, Sônia T. S. Educação Básica a Construção do Sucesso Escolar. Em Aberto, Brasília, nº. 53, 1992.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

SANT’ANNA, Iiza Martins. Por que avaliar? : Como avaliar? : Critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SHOR, Ira; FREIRE, Paulo. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 7 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.




EDUCAÇÃO UM PROCESSO DE INCLUSÃO?

                               
“Se considerada a finalidade da educação escolar, em diferentes momentos, consideramos que a periodização não seja a mesma. Na Grécia antiga, a finalidade da educação era a formação de cidadãos para o exercício da vida na polis”. (HENTZ, 2000, p. 09)
Os cidadãos mencionados na citação acima eram representados por homens que detinham o poder, ou ainda, somente homens livres tinham direito a participar da vida pública, excluindo desse direito as mulheres e aos escravos. À mulher cabia a função de “parideira” e dos cuidados da casa, já os escravos eram destinados ao trabalho braçal.
Por muito tempo não era de interesse desses homens livres das cidades gregas que todos exercessem a cidadania. Para que esses homens se mantivessem no poder, precisaria de outros para desenvolver os serviços burocráticos que o estado necessitava. Sendo assim, foi permitido a alguns o direito à escolarização. Lembrando que o trabalho bruto dos escravos e domésticos das mulheres não exigia escolarização para exercê-lo.
Inspirados na organização da sociedade grega algumas questões referentes a essa escolarização foram reformuladas. Sendo que o objetivo maior era manter o poder das famílias nobres, permitiam a escolarização a seus filhos desde pequenos. Com os devidos cuidados de manter a massa populacional longe da cultura selecionaram algumas pessoas da classe subalterna para serem formalmente educados e servirem o estado.
Portanto desde a antiguidade até o final da idade média, a educação escolar serviu para preparar uma classe dirigente na sociedade.
No século XVI, partes da população européia, não aceitando os valores impostos pela igreja de Roma, romperam criando novas igrejas cristãs, passando a ter novas posturas frente à educação escolar. Entendendo que o caráter misterioso do latim, privilégio da minoria não poderia continuar. Traduziam-se as escrituras sagradas para os idiomas nacionais. Foi este o fator que significou o fortalecimento da autonomia das nações.
Martinho Lutero possibilitou uma postura na educação frente ao fortalecimento das igrejas reformadas. A educação deveria ser direito de todos, para que todos pudessem compreender as escrituras sagradas e tivessem a salvação individual e vida eterna.
Com a nova postura na educação a finalidade escolar mudou, deixou de ser exclusividade dos nobres governantes, de seus filhos, dos plebeus responsáveis pelas funções ligadas ao estado e aos eclesiásticos.
No início da Ditactica Magna escrita por Comênio, o mesmo manifestou sua convicção de que tudo poderia ser ensinado e a todos, necessidades de construir escolas em todas as comunidades e educação para ambos os sexos. Mesmo parecendo que a partir de Comênio a educação teria uma abertura inclusiva, em que todos teriam acesso ao conhecimento, encontram-se restrições que nos faz pensar. A educação era para todos e ao mesmo momento excluía os cretinos, ou seja, pessoas com algum tipo de deficiência mental ficariam novamente sem direito à escolarização.
“A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em 1750, no contexto econômico, e a Revolução Francesa, ocorrido a partir de 1789, no contexto político...” (HENTZ, 2000, p. 19) foram movimentos que causaram impactos no que nos referimos anteriormente.
A falsa idéia de que todos seriam iguais e livres no início do movimento liberal reforçam novamente a exclusão.
A igreja sendo proibida de educar e o estado assumindo que todos teriam os mesmos direitos perante a escolarização os interesses políticos que estavam permeando este princípio se contradiziam. Mesmo que no século XIX os trabalhadores tivessem mais ganho e o mesmo estudo que os patrões, não os tornavam livres e muito menos iguais na sociedade.
Com a introdução de uma reforma em que classes mais privilegiadas tivessem uma educação diferente, veio a comprovação de que os princípios citados no parágrafo anterior eram falsos, surgindo a partir daí o movimento da Escola Nova.
Gramsci critica os princípios de Escola Nova que privilegia o conhecimento para a classe dominante, e em contrapartida defende a idéia de uma escola Unitária, com o compromisso de romper com a hegemonia existente.
O que se pregava na educação até então era que não se poderia exigir dos menos privilegiados que se esforçassem intelectualmente na escola, pois os mesmos não conseguiriam aprender, ou até mesmo sofreriam se não conseguissem acompanhar o que o professor ensinasse, porque já eram “sacrificados” pela sociedade elitizada. Gramsci defende o contrário dizendo que a educação é um processo ativo, ou seja, que o sujeito só pode aprender à medida que elabora para si o saber que antes já era do outro, reforçando que todos poderiam aprender.
O pensamento socialista na educação foi, durante as décadas de 1980 e 1990, fator decisivo na recuperação dos sistemas públicos de ensino. Educadores brasileiros apropriaram-se da idéia de vários pensadores como Gramsci e Vygotsky para defender que a educação não é apenas utilitária, mas é, antes de tudo, um patrimônio da humanidade, sendo assim todos os seres humanos têm direito a tê-la. Então a educação não pode ser direito apenas de alguns, pois a história é feita pelo homem e a mesma o faz a partir da materialidade de cada tempo.
Pensar em inclusão é rever questões que em muitos momentos ficaram restritas apenas a introduzir no meio educacional portadores de alguma deficiência. Pois estar incluído não é apenas fazer parte do ambiente físico educativo, mas o direito de estar inserido no mesmo e aprender na relação e mediação com os sujeitos.
Mesmo com todas as contribuições de pensadores no decorrer da história, ainda hoje não se tem claro o conceito de inclusão como direito a todos (sem restrições) à educação.     
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TIPOS DE MORADIAS -MAQUETES FEITAS PELOS ALUNOS DO 2º ANO



QUALIDADE NA EDUCAÇÃO É SINÔNIMO DE CONCRETIZAÇÃO DOS META-PILARES



Em toda a história da educação sempre se falou muito sobre o direito que as pessoas deveriam ter, porém pouco se fez e se faz sobre ela, vimos os descasos que acontecem em nossas escolas e a realidade educacional deixa a desejar não apenas na quantidade, como também na qualidade.
Permitir o acesso do maior número de sujeitos à educação seria suficiente para sanar todos os problemas educacionais, sociais e econômicos? O que significa efetivamente “Educação Para Todos”? (RAMOS, 2009)
Quando pensamos em acesso de todos logo nos vem à mente qualidade em primeiro lugar, ambiente físico com estruturas adequadas para receber uma grande demanda de alunos. Professores qualificados comprometidos com seus alunos e não estressados e cansados por ter que trabalhar em vários lugares para poder dar conta de suas próprias vidas.
A questão em torno da qualidade da educação passou a ganhar maior notoriedade internacional entre os estudiosos apenas recentemente. Ilustram bem este fato os tratados e acordos internacionais firmados entre várias nações até a década de 1990, que invariavelmente foram omissos com relação à qualidade do desempenho dos sistemas educacionais e às expectativas sobre como devem e podem atender tais objetivos. (UNESCO, 2005, p.28)  
A qualidade da educação envolve múltiplas dimensões fora da escola que podem ser classificadas, como o ambiente socioeconômico e cultural dos envolvidos no processo educativo e o compromisso do Estado com a garantia do direito à educação de todas as crianças, jovens e adultos. Já as dimensões dentro da escola envolvem diversos fatores, como a gestão e a organização do trabalho escolar, a formação docente e a ação pedagógica, as condições de acesso, a permanência e o bom desempenho para todos.
Seja como for, parece evidente que a questão da qualidade em educação é ainda muito controversa no que se refere à sua centralidade – fato este que, entre outras coisas, contribui para o seu obscurecimento nos debates contemporâneos até recentemente. (RAMOS, 2009)
Fala-se muito em qualidade em educação, porém não adianta pensarmos em soluções isoladas e de curto prazo. Ao mesmo tempo em que se pensa em aumentar o investimento em educação, há urgência na formação de gestores escolares, em um sistema de avaliação que permita melhorar a prática docente, bem como na formação e nas melhorias das condições de trabalho do professor e em um projeto pedagógico adequado.
Como se pode perceber, a abordagem da UNESCO para qualidade centra-se na figura do aluno, mas sem esquecer o meio que o circunscreve. Ademais, ela reconhece que, em parte, o fracasso no desenvolvimento de muitas crianças que, frequentam a escola é devido a uma deficiência na qualidade da educação (UNESCO, 2003, 2005)
A deficiência na educação existe foi detectada, mas como melhorar o que está faltando está longe de ser resolvido. Muito fácil apontar o que falta, porém achar soluções torna-se difícil pelo menos para um sistema que não quer resolver.
A qualidade na educação é discutida por estudiosos ao longo da história, entretanto fechar os olhos e continuar cometendo os mesmos erros economiza tempo e dinheiro para os que se dizem preocupados com a qualidade.
Já no que diz respeito à qualidade em educação, a agenda behaviorista compreende as seguintes premissas: defesa dos currículos padronizados, definidos externamente e controlados, com base em objetivos determinados e definidos independentemente do aluno; a avaliação é entendida como uma medida objetiva do comportamento aprendido, tomando como referência critérios de avaliação previamente estabelecidos; testes e exames são considerados elementos centrais da aprendizagem, e os principais meios de planejamento e de distribuição de recompensas e punições; e, por fim, o professor dirige a aprendizagem, como especialista que controla os estímulos e as respostas. São favorecidas tarefas de aprendizagem gradual, que reforçam associações desejadas na mente do aluno (UNESCO, 2005, p.33). Novamente a escola dita e reproduz o que o poder quer. Tudo de acordo com o sistema e o aluno que deveria ser o centro desse processo acaba simplesmente como o reprodutor de saberes construídos e decorados vindos de uma escola que ainda insiste em fechar os olhos para o mundo que aí está e viver à mercê de uma política que faz o que bem quer com sua sociedade.
Desconstruir o que nos foi imposto é muito difícil, mas não impossível se realmente lutarmos por qualidade na escola e percebermos que as mudanças só irão ocorrer se os sujeitos se tornarem pessoas preocupadas com o que e para que necessitem aprender. Elevar-se culturalmente para que ocorram as mudanças na sociedade que vivemos e possamos usar de nossos conhecimentos para que não sejamos mais passados para trás por aqueles que estão no poder.
Eis a grande função da escola, provocar em seus alunos o desejo de conhecer para poder usar desse conhecimento no mundo que vive.
A partir das considerações, os sociólogos e pedagogos críticos tendem a associar a educação de qualidade à educação capaz de inspirar mudanças sociais; a um currículo e métodos de ensino que estimulam a análise crítica das relações de poder social e das maneiras pelas quais o conhecimento formal é produzido e transmitido; e, ainda, à participação ativa dos alunos na elaboração de sua própria experiência de aprendizagem (UNESCO, 2005, P. 33). Refletindo sobre a primeira frase do parágrafo acima cito uma frase bem pertinente de Cramsci que diz: “O problema da escola é não colocá-la como problema da sociedade”. 
E acontece exatamente isto a grande maioria na educação não se percebe capaz de fazer mudanças na sociedade e vive sempre em função dela. Se não ficarmos indignados para observar com nossos alunos o que acontece na sociedade não haverá mudanças.
Tudo o que fazemos na escola são reflexos da sociedade e tudo irá refletir na sociedade, pois fazemos parte dela não como meros expectadores, mas como sujeitos que constroem e vivem nela.
 A qualidade está na postura do professor e como ele decide interagir na sala de aula com seus alunos.
Deve-se pensar numa educação onde o aluno vai produzir conhecimento, e não decorar o que foi passado sem planejar o quanto será significativo para o aluno conhecer determinado assunto.
Poderia ter se alcançado caminhos melhores na educação se o professor analisasse e fizesse uma profunda reflexão do seu processo de escolarização e a partir daí refizesse o seu próprio caminho mudando o caminho de seus alunos, mas infelizmente o que se percebe é que muitos repetem voltando pelo caminho que já passaram e refazendo os mesmos erros que foram feitos com ele.
Outro ponto importante é a formação do professor, jamais podemos pensar que a formação acadêmica ou pior ainda que a primeira formação para o exercício do magistério seja suficiente para poder enfrentar todos os obstáculos que surgem na sala de aula.
O professor mesmo que muitos não queiram perceber precisa de formação constante, o mundo muda a todo o momento, o que era já não é mais e por isso não se pode ensinar o que nos foi ensinado quando íamos ao ensino fundamental ou adotarmos a mesma postura que nossos professores tinham conosco, hoje temos pessoas diferentes no modo de pensar e agir.
Se quisermos ser professor temos que ter intencionalidade de romper, construir sentido para aquilo que se faz na escola.
A escola é um grande laboratório que precisa viver em constante pesquisa, troca, perguntas construídas e ao mesmo tempo desconstruídas para que se façam novas perguntas, aceitação do novo e do diferente e com uma avaliação que se aprenda com os erros e se busque melhorar e aperfeiçoar o que não foi alcançado no primeiro momento.
Escola é vida, construção de conhecimento que deve ser socializado entre os membros que nela atuam – família, alunos, funcionários, gestores, professores enfim a sociedade, porque somos a sociedade e precisamos nos dar conta que uma educação de qualidade precisa ter uma base sólida e que o interesse não brota, ele é produzido e o aluno tem que ser convidado para viver o processo construído todos os dias.
Segundo Paulo Freire: Aprender não é entrar na cabeça é saber pensar a partir daquela ideia. Incorporar aquele pensamento.


                                                                Rosania Soares Carminati
                                                               


sábado, 20 de agosto de 2011

TEATRO APRESENTADO PELAS PROFESSORAS DA ESCOLA GEORGINA DE CARVALHO RAMOS DA LUZ



ESCOLA E FAMÍLIA: PLANEJANDO NA BUSCA DE UM SÓ OBJETIVO E COMPROMISSO


Para se ter sucesso em qualquer tomada de decisão segundo o autor precisa haver planejamento. Para que todos os alunos aprendam dentro das suas limitações o caminho deve ser preparado para que se saiba aonde chegar.
E para alcançar os objetivos as instituições necessitam de um planejamento, pois ele faz parte de todo o movimento da escola.
Oliveira (1991) reforça que para viabilizar com êxito o processo de uma atividade, o sujeito deve observar as dimensões do Planejamento Estratégico e Participativo.
Na concepção de Coelho (1999) o Planejamento Estratégico tem a finalidade de ajustar a empresa ao seu ambiente. Para Andrade (2002) o Planejamento Estratégico possibilita estabelecer o rumo que a empresa deve seguir.
No Planejamento Participativo o que considera é a valorização da construção coletiva, diferente do Planejamento Estratégico que considera produto de técnicos. No Planejamento Participativo afirma Pinto (1995) o objetivo é a transformação das relações de poder, autoritários e verticais, em relações igualitárias e horizontais, de caráter dialógico e democrático.
O planejamento não pode ser executado isolado, não contribui para resolver todos os conflitos, mas com o trabalho do professor engajado a um Projeto Político Pedagógico adequado cria-se uma maneira de construção de conhecimento que são planejados e executados em parceria entre família, professores, gestores, coordenadores e comunidade.
Durante a leitura deste livro o autor concebendo o ato de planejar numa dimensão mais abrangente, apresenta os pilares da metadisciplinaridade apontando as concepções filosóficas, psicológicas e pedagógicas que devem embasar todo o planejamento.
Ramos (2007) relata que planejar é um pensar à realidade. Dois questionamentos devem ser feitos: Para quê se meter na realidade, e o quê deverão ser mudados, ou seja, quais aspectos estão incomodando e devem ser repensados.
Para iniciar a primeira etapa do planejamento deve-se sondar a realidade e a partir do que descobriu quais urgências e necessidades devem ser enfocadas, analisadas e estudadas durante o ato de planejar.
Os que planejam devem traçar objetivos claros e bem definidos observando o que se pretende alcançar e o que esperam do futuro para que melhor se conduza a dinâmica do processo. Analisar o processo do planejamento criteriosamente para evitar falhas na construção e estruturação, acompanhando durante o caminho os resultados alcançados com os desejados. Durante todo o processo faz-se necessário o olhar do gestor como mediador para criar procedimentos que conduzam a superação das necessidades que foram diagnosticadas anteriormente.
Para Lück (2005), a função do gestor na escola deve ser de destaque não cabendo mais uma ação partidária, unilateral e autocrática por parte dele. Busca-se descentralizar o trabalho, definir os papéis, para que os resultados alcançados sejam satisfatórios consolidando uma ação progressista no desenvolvimento de todas as atividades na unidade escolar.
O gestor tem papel decisivo para o dinamismo na escola, observando de perto todo o desenvolvimento e estabelecendo um relacionamento entre “meios e fins” para equacionar na escola problemas pedagógicos e administrativos.
Ao gestor compete à função de envolver o grupo em todos os movimentos da escola, influenciando todas as pessoas com o seu dinamismo e comprometimento pela educação. É desta forma que o gestor deve pautar a condução do planejamento participativo, buscando sempre o envolvimento dos diversos segmentos escolar.
Mesmo sendo difícil para o gestor manter um clima favorável, inclusive despertar o interesse da comunidade escolar, cabe a ele desenvolver situações em que se possa atingir o respeito e o diálogo.
O comprometimento de todos os envolvidos no processo escolar é fundamental para que se consiga pensar no planejamento participativo metadisciplinar em todas as etapas desde a elaboração, execução, avaliação e na reelaboração. Todo esse movimento em torno do planejamento repercutirá na vida da escola, fazendo as modificações nas relações e influenciando positivamente no processo de tomada de decisões.
Observando toda trajetória do professor se percebe que muitas vezes sua relação com o aluno é de extrema resistência, chegando a mostrar para o aluno quem manda na sala. O gestor deve mostrar que o professor não é o dono do saber, devendo haver na sala uma relação de troca de conhecimento e experiência. As decisões em sala de aula devem ser democráticas promovendo assim uma relação interpessoal com o aluno. Fazendo o professor refletir: quem são os alunos? Quais as dúvidas e certezas que eles têm em relação às atividades propostas? Quais são suas perspectivas?
Para Padilha (2001, p.33), “o planejamento de ensino é um processo de decisão sobre atuação concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo ações e situações em constante interação entre professor-aluno e entre os próprios alunos”.
O planejamento deve ser analisado uma vez por mês para observar os avanços e dificuldades na aprendizagem das turmas, por isso o professor deve preparar um portfólio da turma para visualizar o desenvolvimento em cada área do conhecimento. Esses encontros vão dar subsídios para que o professor repense as áreas em que os alunos tiveram melhores desempenhos e ao mesmo tempo oportunizar ao professor encarar com mais tranquilidade as áreas em que os alunos apresentam maiores dificuldades.
Quando o professor participa do planejamento participativo deixa de ser o executor para se tornar o sujeito do processo definindo o que se pretende fazer ao longo do ano. Escolher bem os objetivos, desta vez os de cada disciplina, ou seja, as competências que o aluno precisa desenvolver naquele ano, semestre ou ciclo.
O professor precisa resistir à tentação em pensar que sabe o que o aluno deve aprender. Para que o aluno aprenda com prazer é preciso, perceber sua necessidade. É preciso apostar no potencial do aluno, todos podem tornar-se um talento naquilo que gostam de fazer. O professor deve perceber que é nesta visão que deveria nortear sua prática, pois se sabe que necessidade gera interesse.
Ramos (2008, p.101-102), coloca que “a ação docente não deve ser justificada apenas pela transmissão de conteúdos conceituais. E sim preparar o professor para a necessidade de trabalhar os conteúdos atitudinais e procedimentais”.
É importante preparar os pais e o professor para não dar apenas ênfase às notas mínimas em determinadas disciplinas, não significando que o aluno não aprendeu ou mesmo que não queira aprender. O professor deve prestar atenção nas disciplinas que o aluno se saiu bem, pois é nessas disciplinas que poderemos ter futuros talentos.
Todo trabalho desenvolvido só terá bons resultados se tiver um embasamento aprofundado e fundamentado a partir de leituras e diálogos entre as pessoas envolvidas: professores, servidores, gestores, pais e alunos. Pensar a realidade que cerca a escola e juntos comprometidos com a instituição ter clareza do horizonte que se pretende chegar ao processo educacional. Dessa forma, a escola exercerá sua função diante do processo de ensino e aprendizagem dentro da comunidade que está inserida, para que não seja apenas uma estrutura de concreto na qual circulam várias pessoas que não sabem aonde querem chegar.
Toda fala abordada no livro vem de encontro com minha ideia de pensar educação. Os caminhos só podem ser bem percorridos se sabemos aonde chegar. Como exemplo: pego a história de Alice no País das Maravilhas que vivia angustiada sem saber que caminho tomar e o mesmo acontecem em algumas instituições escolares. Começando na gestão da escola quando os que deveriam auxiliar os pais, alunos, professores e demais funcionários orientando e motivando todo o processo de ensino, muitas vezes se fecham em seus gabinetes deixando as pessoas sem saber que caminho tomar.
O planejamento participativo, sim participar e não ser preparado por um pequeno grupo que muitas vezes não conhece a realidade da escola e “tenta’ através de suas ideias colocarem situações que não vem de encontro com a realidade inserida na comunidade.
A escola necessita de pessoas que realmente consigam enxergar o movimento que envolve alunos e professores. Estar atento para que haja uma única linguagem, a do conhecimento, respeitando as individualidades de cada envolvido no processo. O gestor como um dos grandes personagens da história da escola deve exercer uma movimentação saudável entre família e escola para que todos se sintam envolvidos no processo e “queiram” junto com o professor alcançar o objetivo maior que é o compromisso com a educação.


Rosania Soares Carminati